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Ficções Insurgentes: Professoras da Escola Municipal de Teatro publicam texto em livro

 


O livro é composto por vinte e uma propostas entre ensaios, dramaturgias, ensaios virtuais, correspondências, manuais, bem como trabalhos que se articulam por imagens, diálogos com outros meios e por uma escrita acadêmica-artística. A produção do livro envolveu diretamente o trabalho de mais de 150 pessoas, sendo a grande maioria discentes e ex-discentes do PPGT - UDESC além do trabalho das equipes da Caiaponte Edições (Florianópolis-SC), da Dois Pontos: Una! (Rio do Sul-SC), e da UDESC.

As professoras de teatro, atrizes e coordenadoras da Escola Municipal de Teatro participaram como discentes e ex-discentes da UDESC com textos neste livro. Ana Paula Dorst é mestre em Teatro e participou junto com Daniela Rosante Gomes, Liliana Pérez Recio, Mariliz Regina Schrickte, Paula Gotelip com o texto cinco mulheres em busca de teatr(@)s: outras formas, lugares e sujeitos de insurgência. 



Já Edilene Rodriguez, mestranda em teatro na UDESC colaborou no livro com o texto Tempestades e Cenas Infantis com as discentes Adriana Moreira Silva e Ligia Mara Santos. No texto, as autoras partiram da concepção de infância, tema que atravessa a pesquisa acadêmica das três. Edilene trouxe sua ótica em relação a sua prática com crianças em tempos de pandemia, ao dar aula de teatro online, na observação dos gestos infantis, a fim de entrar no universo das crianças pequenas e acompanhar seus pensamentos sobre a vida em tempos de pandemia. Logo, Tempestades e cenas infantis compõem uma narrativa aberta na qual dançam acontecimentos intensos, criativos, inventivos e dramáticos. As tempestades estão representadas por imagens e poesias. 


Invadiram a Escola

E um guarda-chuva

Cobre a criança que

De tanto mover-se na rua

Encontra a casa cheia.

 

Suspeita do céu

Da tarde que vira lua cheia,

Se lambuza na área da escola

E deixa cair o estojo na sala.

 

Pobre criança,

Agora tudo ficou estranho,

Tudo está cinza, escuro.

E a criança precisa partir para casa.

 

Não se ouve mais risadas

Não se ouve mais o silêncio

Não se ouve o riscar do giz

Cadê a balbúrdia da escola que estava aqui?

(poesia de Edilene Rodriguez)

 

Para quem se interessar segue abaixo link para baixar o livro, há também link do livro com acessibilidade para pessoas com baixa-visão. 

Link:https://www.udesc.br/arquivos/ceart/id_cpmenu/11650/fic__es_insurgentes___artes_vivas_em_Estado_de_emerg_ncia_16244854261573_11650.pdf

 

Texto escrito por Edilene Rodriguez.