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“A gente cabe, mas se esquece” – XII Velha Joana



            Encerrando a sexta noite do XII Festival de Teatro Velha Joana, entra em cena o “Grupo Primitivos” apresentando o teatro/dança: “A gente cabe, mas se esquece”.

            Com o intuito de expor a sensibilidade de cada um, os medos, e as lutas contra o preconceito racial, contra o cabelo desgrenhado, contra a liberdade de orientação sexual, contra o machismo, e contra os padrões impostos pela sociedade no que se dizem ‘toleráveis’ aos padrões de ‘beleza’.

A primeira cena já traz o impacto necessário para o público, expondo poeticamente seus medos, e indiretamente o suicídio. Trazendo muito de si e pouco da direção, os atores são eles mesmos em cena, expondo os seus receios e aflições.   

 Aos poucos o palco vai ficando vago, até restar apenas três atores, ao fundo surge uma atriz que calmamente caminha até a frente do palco, um microfone é colocado em cena, a mesma compartilha com o público um depoimento pessoal de bullying sofrido na escola, pelo seu peso, pelo cabelo, e pela sua cor.

Livre de tudo isso, uma cena cômica é introduzida, onde os atores comem loucamente, sem se preocupar com o que pode ser dito, uma cena de libertação do corpo e da mente.

As demais cenas trazem temas polêmicos como: machismo, orientação sexual, e suicídio.

Um espetáculo que coloca na mesa os leques da sociedade, não obrigando a aceitação, mas mostrando que é possível ter uma visão horizontalizada sobre temas atuais e que são considerados tabus pelos mesmos.
 





 A gente cabe, mas se esquece – Grupo Primitivos